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Inspired: como criar produtos que clientes amam

10 lições que aprendi com o livro Inspired de Marty Cagan

Lucas Rosa
UX Collective 🇧🇷
3 min readFeb 22, 2019

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Em meados dos anos 80, Marty Cagan era integrante da equipe de engenharia de software da Hewlett-Packard, famosa HP. Durante um ano, eles trabalharam incessantemente para entregar um software para uma das workstations da marca. Durante o trabalho, eles localizaram o produto em diversas línguas, treinaram equipes, apresentaram a tecnologia para a imprensa (recebendo ótimas análises) e fizeram com que o software atendesse o rigoroso controle de qualidade da marca. Parecia tudo pronto para o sucesso, porém, após o celebrado lançamento, ninguém comprou.

“Não importa o quão bom é seu time de engenharia se eles não recebem algo que vale a pena construir.”

É assim que começa o livro Inspired: como criar produtos que clientes amam, por Marty Cagan.

Dividido em 3 partes (Pessoas, Processo e Produto), o livro descreve o que o autor aprendeu com os anos de experiência e principalmente com os erros, apresentando as melhores práticas para a criação de produtos de sucesso.

“Tudo começa com as pessoas, mas o processo é o que permite que essas pessoas produzam consistentemente produtos de sucesso e inspiradores .”

Se você, como eu, não conhecia Marty Cagan, além de fundador do Silicon Valley Product Group, em seu currículo possui empresas como HP, Netscape, America Online e eBay.

No livro, Marty define a responsabilidade dos diferentes papeis envolvidos, compara diferentes metodologias e cita exemplos para diferentes tamanhos de organização.

Decidi então, compartilhar 10 lições que aprendi com o livro e fica a recomendação para todos que trabalham com produtos de software, independente do seu cargo ou empresa.

  1. Ideias de produtos devem ser testadas cedo e varias vezes. Testar suas ideias com usuários reais é provavelmente a atividade mais importante.
  2. Quando em frente do usuário, aproveite para tentar descobrir qual emoção o está guiando e como seu produto atende a essa necessidade emocional.
  3. O Trabalho de um gerente de produto é identificar o Mínimo Produto Viável (MVP) que seja valioso, utilizável e viável, minimizando o time to market e a complexidade.
  4. Faça amizade com alguém do setor de finanças. Essa pessoa te ajuda a entender questões como: o modelo de negócio, o custo de aquisição de um cliente, o quanto se gasta com seu produto, o retorno de investimento…
  5. Coloque seus desenvolvedores na frente dos usuários. Não só aprenderão muito ao verem os usuários sofrendo com o sistema, mas também apreciarão melhor os problemas e sua gravidade.
  6. Se você usa seus engenheiros (desenvolvedores) somente para programar, você está usando apenas metade do seu valor. Engenheiros são, tipicamente, a melhor fonte de inovação.
  7. Aloque uma porcentagem, entorno de 20%, da capacidade do seu time de engenharia para eles gastarem como acharem necessário. Eles devem usar esse tempo para refatoração de código, melhorias de arquitetura, mudanças no banco de dados…
  8. Com produtos de alta tecnologia, tudo se resume à rapidez com que você aprende novas tecnologias e, mais importante, como você aplica a nova tecnologia aos problemas que está tentando resolver.
  9. Para encontrar grandes ideias, comece procurando as pessoas mais inteligentes da sua empresa. Lembre-se que elas não estão necessariamente onde você imagina, mas escondidas. É seu trabalho encontra-las!
  10. Engenharia de software é importante e difícil, porém UX design é ainda mais importante e geralmente mais difícil.

Bônus: Identificar e descartar ideias ruins é tão importante quanto identificar ideias boas!

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