O que é Lean UX?

“Lean User Experience is a cross-functional, principle-driven process characterized by rituals that predispose teams to high-quality, high-velocity user experience outcomes.” (fonte)
Legal.
A tal Lean UX, ou “UX magra” (se traduzido ao pé da letra), é uma forma um pouco diferente de trabalhar os documentos da área de UX de forma que o dia-a-dia do profissional fique mais livre do excesso de entregáveis.
Tradicionalmente, o User Experience Design (e suas variáveis Design de Interação, User Interface Design, Arquitetura de Informação etc.) é uma disciplina baseada em entregáveis. Wireframes, sitemaps, fluxos, taxonomia e mais uma lista enorme de entregáveis.
O problema é que, algumas vezes, o profissional de UX fica preso demais a esses entregáveis, e o esforço de mantê-los atualizados e consistentes acaba tomando um tempo precioso do seu dia. Um tempo que poderia ser usado para fazer o que o profissional de UX faz melhor: pensar no projeto e em todas as suas variáveis.
Como funciona a Lean UX?
[caption id=”attachment_2723" align=”alignnone” width=”551" caption=”Independente dos entregáveis, o importante é validar o mais rápido possível (internamente e com usuários)”]

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O objetivo é ter um protótipo para validar internamente e testar externamente o quanto antes. Se isso vai exigir sitemap, fluxograma, wireframes ou apenas meia hora sentado ao lado de um desenvolvedor, isso é o UX Designer quem decide e combina com a equipe.
[caption id=”attachment_2724" align=”alignnone” width=”500" caption=”Essa aqui é uma variação caso o seu projeto tenha muitos stakeholders. Valide com o cliente antes, em ciclos, com o mínimo de documentação possível. Depois parta para o protótipo.”]

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Para quem trabalha com metodologia Agile, esse conceito não é novidade nenhuma.
“What’s most important to recognize here is that Lean UX is focused strictly on the design phase of the software development process. Whatever your organization’s chosen methodology (waterfall, Agile, etc.), these concepts can be applied to your design tasks.” (fonte)
Parece lindo. E na prática?
O segredo para economizar tempo é manter a quantidade de entregáveis reduzida e criá-los de forma que sejam facilmente editáveis.
Ao invés de perder horas detalhando um fluxo, desenhe rapidamente num quadro branco e chame todo mundo para olhar o fluxo e conversar sobre ele.
Ao invés de criar um wireframe completo, desenhe a tela principal e converse com o time sobre como deve funcionar cada uma das features.
E o mais importante: colete o feedback de todos. Do tecnólogo, do visual designer, do gerente de projetos. Você vai perceber que é muito mais fácil fazer mudanças quando o produto ainda está no “plano das ideias”.
Tudo isso com um único objetivo — colocar um protótipo na frente dos usuários o quanto antes. Como diz Jakob (o Nielsen), cinco participantes já são suficientes para descobrir os principais furos na experiência de uso de um produto. Se você testa e corrige logo, terá mais chances de testar uma segunda versão, e uma terceira, e uma quarta. São os tais ciclos de iteração.
Qual a chance de “Lean UX” ser apenas um desses termos da moda?
50/50. Se é uma moda ou não, o importante é o que se aprende quando se estuda um pouco a respeito dessa “metodologia mais magra”.
Não é um truque, uma revolução, tampouco o fim do mundo. Lean UX funciona mais como um lembrete de que talvez seja hora de rever a quantidade e a qualidade dos entregáveis que você está produzindo.
“Deliverables for maintenance don’t make sense anymore.”
Salvo algumas exceções, claro.
Se você quiser ler mais a respeito de Lean UX, recomendo:
Para terminar, aí vai mais uma citação sobre Lean UX:
“Lean UX is an evolution, not a revolution. UX designers need to evolve and stay relevant as the practice evolves. Lean UX gets designers out of the deliverables business and back into the experience design business. This is where we excel and do our best work. Let’s become experts at delivering great results through these experiences and forgo the hefty spec documents. It won’t be an easy road. Culture and tradition will push back, yet the ultimate return on this investment will be more rewarding work and more successful businesses.” (fonte)
Bônus: take a step back and look at your work.
