Percorrendo a ambiguidade através do design
Acabei de acessar a nova biblioteca online aberta da Stanford d.school, e um dos temas que já estão disponíveis para estudo é o da ambiguidade. Coincidência ou não, acabei de entregar o primeiro projeto do curso de UX/UI Design da IronHack São Paulo que tinha exatamente essa premissa, a de percorrer a ambiguidade.
Aprendi sobre percorrer a ambiguidade com o conceito de wicked problem (falo mais sobre isso neste post), mas lendo o conteúdo da biblioteca da ambiguidade vejo que esse tema foi trazido de forma muito mais acessível e prática.
Em seu texto na d.school, Kelly Schmutte nos mostra que a habilidade de percorrer a ambiguidade é uma das oito habilidades do designer — na verdade é sua super-habilidade. É imprescindível quando temos desafios complexos, reais e abertos e precisamos descobrir e identificar problemas relevantes em meio ao caos, além de descobrir como resolvê-los de forma inovadora. Essa habilidade essencial também envolve reconhecer e lidar com o desconforto de não saber. Designers já são exploradores: projetos, processos e pessoas são inerentemente ambíguos, o que nos diferencia é a capacidade de encontrar padrões — reestruturamos problemas, examinamos possibilidades e damos significado. Trabalhar com a ambiguidade faz o trabalho criativo extremamente desafiador, mas aprendemos a mergulhar na ambiguidade ao invés de temê-la, por que passamos a enxergá-la como oportunidade.
Navigating Ambiguity, The Super Ability

Ferramentas
Para entender um assunto ambíguo é preciso muita exploração. A biblioteca disponibiliza várias ferramentas para explorar e encontrar recursos na jornada pela ambiguidade. Cada ferramenta tem uma página que conta sobre a experiência de aplicação e um template daquela ferramenta para que outras pessoas possam usar. É possível também ajustar uma ferramenta às necessidades de um projeto ou criar novas ferramentas e submeter à biblioteca. :)