Qual a diferença entre Design de Interação e UX Design?
Esta é uma pergunta bem comum e infelizmente não existe uma resposta simples para esta pergunta. Primeiro, porque não há uma definição consensual dos dois termos, isso significa que a explicação muitas vezes precisa mudar, dependendo da perspectiva do usuário. Em segundo, é também porque há uma grande área comum entre os dois campos, mesmo quando usando as definições mais comuns.
Design de Interação
O design de interação é especificamente uma disciplina que estuda a interação (através de uma interface) entre um sistema e o usuário. Ele também pode incorporar design focado em como a informação deve ser apresentada no prazo de um sistema para permitir que o usuário entenda melhor a informação, é muitas vezes considerada a disciplina separada de “design de informação” também.
Design de Experiência do Usuário
UX investiga se as pessoas VÃO usar um produto e, portanto, engloba ciências comportamentais e estudos em fatores motivacionais. Geralmente, design de experiência leva em conta um escopo muito mais amplo do que a usabilidade tradicional, olhando para o que atrai uma pessoa para o serviço, o que os ajuda a compreendê-lo e usá-lo, como ele se integra no contexto de suas vidas, como eles são encorajados a continuar usando e como eles se comunicam com outros ao redor do produto/serviço.
Então… Design de Interação é um subconjunto de UX de Design?
Mais ou menos. Não há dúvida de que a atividade criada por um designer de interação precisa seguir algum tipo de processo de UX. Não há nenhum ponto na realização de pesquisas de usuário ou projetar o que usuário precisa, se os designers de interação que estão respondendo por essas necessidades são mantidos distantes do resultados delas.
É provável que na maioria das organizações de design quer o design de interação, formalmente estabelecido como uma “coisa real”. Ficou claro desde o alvorecer da computação que a forma como interagimos com nossos produtos é importante. O mouse, a caneta de luz, a tela sensível ao toque, o computador, wearable technologies, etc, tudo vêm desta disciplina.
Quanto mais simples a interação mais bela é. Então, por que Design de Interação não é o mesmo que o Design da Experiência do Usuário?
E se você tivesse um produto que permite que você se comunique com ele por telepatia? E se a comunicação ocorrer na velocidade da luz? E se os dados que você fornecer, levarem várias horas para processar antes de o computador responder a você?
Um designer de interação não deve notar isso. Seu trabalho é para coreografar a interação. Assumindo que cada interação foi prazerosa e correu no tempo devido ou necessitado, por exemplo qual a interação do botão do Play? Quanto tempo leva para a música começar a tocar? E o Pause? Já o designer de UX por outro lado, está mais preocupado com o que esperar ao processar a informação. A experiência na utilização do produto é prejudicada fora das interações reais, indo além da interface e passando para requisitos do sistema que comportam ela até o humor do usuário ao interagir com o produto inteiro, por exemplo, quando alguém irritado ou tranquilo, pressionar o Play, ele sente que a música demora mais ou não, para tocar? Oquanto isso influência a experiência de começar a ouvir a música, assumindo que o produto seja um tocador como um iPod?
O computador pode precisar de um novo processador, mais memória RAM, mais espaço no HD para funcionar mais rápido. Ou ele pode precisar de um novo modo de programação ou uma nova maneira de analisar informações inseridas pelo usuário. Não é mais uma questão de interação, pois tornou-se uma exigência superior, que cai nas mãos de muitas outras disciplinas de design e engenharia de software ou produto.
Uma última coisa!
Não é por que Design de Interação é um subconjunto de UX, que um designer de UX pode ser um Designer de Interação competente, ou vice-versa. As menores diferenças semânticas são importantes se você deseja criar o grupo certo de habilidades dentro de sua equipe de desenvolvimento de produto.
Outra última coisa…
Às vezes, o designer de interação é também o designer de experiência, e, por vezes, os papéis são separados. Às vezes, o designer de interação pensa na "Big Picture" e simplesmente vai de acordo com a música, porém algumas vezes ele se concentra apenas na interação online.
Referências
