Pensar, fazer e revisar
Lean UX e Think, Make and Check e como aplicar no dia a dia.
Através da leitura do livro Collaborative Product Design do Austin Govella que conheci esses termos. O livro vai afirmar que não precisa aplicar necessariamente o Lean UX para realizar a metodologia de pensar, fazer e revisar. Na verdade, naturalmente durante os nossos processos cotidianos realizamos essas ações. Por exemplo, quando:
- Analisamos os resultados de uma pesquisa (think)
- Montamos uma persona (make)
- Compartilhamos com os clientes (check)
Além disso, a seguinte frase me chamou a atenção:
“Designers think about things, make things and show things to other people. If you want to improve as a designer, improve how you think about things, make things and show things to other people.”
— Govella, 2019, p. 4
Após refletir, pensei em como poderia melhorar os processos que realizo diariamente onde trabalho e em como posso colocar essas metodologias em prática.
Pensar
Muita das vezes, ao receber uma nova demanda, já queria colocar a mão na massa ir prototipando em alta fidelidade e entregando as telas sem nem ao certo entender completamente a importância daquela demanda, nem quais informações eram essenciais para a interface. Minha justificativa para esse comportamento era a necessidade de otimizar tempo, já que sou o único designer da equipe e não disponho de muito tempo para planejamento.
No entanto, esse método não me permitia justificar as decisões que estava tomando para as pessoas não designers, nem me fornecia informações sobre o projeto. Frequentemente, me sentia perdido devido à falta de informação.
Pensando sobre, decidi adotar uma abordagem diferente. Agora, antes de iniciar qualquer projeto, estabeleço uma série de perguntas:
- Quem estamos tentando ajudar?
- Qual é o problema a ser resolvido?
- Como esse problema foi identificado?
- Onde esse problema acontece?
- Onde e quando os usuários são impactados por esse problema?
- Qual a importância disso para o negócio?
- Quais dados a gente tem sobre isso?
- Quais resultados são esperados com o projeto?
Essas perguntas foram encontradas em uma publicação da Larissa Brancalhão, uma profissional incrível que produz conteúdo ótimo tanto aqui no LinkedIn quanto no Instagram.
Revisar
Através de quatro perguntas revisei a Matriz CSD que desenvolvi no início da pesquisa. As perguntas foram:
- O que o produto tem que ter?
- O que o produto deveria ter?
- O que seria legal o produto ter?
- O que o produto não terá?
Utilizei o canvas de uma atividade do curso Product Design 2.0 do Josias Oliveira que é ótimo, que aborda o PLG (Product Led Growth). Foi muito enriquecedor tanto que pretendo fazer com mais frequência nos próximos projetos.
Por fim, acredito que a maior aprendizagem seja a metodologia de pensar, fazer e revisar pois os processos e ferramentas mudam conforme o tempo e a maturidade da carreira. Pode ser que, daqui a um tempo, não utilize mais as perguntas mencionadas no artigo e encontre outras maneiras de chegar às mesmas resposta.
No entanto, acredito que sempre estarei pensando, fazendo e revisando pois isso é fundamental no papel do design. Não se trata apenas de dominar uma ferramenta ou processo, mas sim de expandir e evoluir constantemente a maneira de pensar, fazer e revisar, pois isso influencia a comunicação com outras pessoas.
Dicas de leitura
- O que é Lean UX?
- Collaborative Product Design: Help Any Team Build a Better Experience — Austin Govella