PANORAMAUX — PARTE 3

O mercado de UX em um ano pandêmico: Empresas e cargos

Quem emprega, ramos de atuação, divisão dos times, sucesso de UX, funções na empresa e níveis hierárquicos.

Carolina Leslie
UX Collective 🇧🇷
3 min readApr 9, 2021

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Índice

  1. Pandemia e o trabalho
  2. Perfil do profissional de UX
  3. Empresas e cargos
  4. Atividades e ferramentas
  5. Salários em UX no Brasil
  6. Pesquisa em design — parceria com o Movimento UX

Parte 3: Empresas e cargos

Quem emprega em UX?

Ter um conhecimento e capacidade de entrega em UX internamente virou uma prioridade para as empresas.

Hoje 62% dos participantes trabalham em empresas ou startups — em oposição a agências e consultorias que prestam este tipo de serviço para clientes externos.

Ramos de atuação

Bancos e instituições financeiras são os maiores empregadores em UX — um em cada cinco respondentes trabalha neste setor. Em seguida aparecem na lista ramos mais genéricos, como consultoria, tecnologia e serviços; Por fim, ramos de atuação diversos.

Vale aqui uma observação:

Nesta edição deixamos a opção tecnologia propositalmente de fora da lista de seleção, já que entendemos que quase toda empresa que investe em UX pode ser considerada deste ramo. Mesmo assim, 12% selecionou “Outros” e respondeu “Tecnologia”.

Divisão dos times

Assim como nas edições anteriores, há uma forte tendência na divisão de times por squads — 60% dos respondentes trabalham dessa forma.

Medindo o sucesso de UX

Calcular o ROI de UX segue sendo um desafio. Por outro lado, de 2017 a 2020 caiu drasticamente o percentual de respondentes que dizem não ter nenhum indicador sobre o sucesso de iniciativas de UX.

Ter algum tipo de métrica ligada aos esforços em design e UX passou a ser mais usual nas equipes.

Funções nas empresas

Definir uma linguagem comum para descrever a área de UX e suas diferentes atribuições é um debate antigo. Empresas diferentes usam termos díspares para falar sobre um mesmo conjunto de atividades. Outras usam palavras iguais querendo descrever tarefas completamente distintas. Mesmo sabendo das limitações de vocabulário, achamos relevante investigar os nomes dos cargos mais comuns na área.

Entre os resultados, Designer de produto e UX designer são os termos generalistas mais usados. Três funções especializadas se destacam:

  • Pesquisador em design,
  • UI designer, e
  • Redator (UX writer).

Também são notáveis duas ausências: Arquiteto de informação e Especialista em usabilidade eram opções na lista de respostas que praticamente não foram selecionadas, um reflexo de que tendências se aplicam até ao nome dado a cargos e profissões.

Nível hierárquico

O mercado de UX vive um fenômeno curioso: a ausência de profissionais juniores. A quantidade de pessoas que se diz pleno e sênior é quase quatro vezes maior das que se dizem iniciantes.

A falta de oportunidades para quem não tem experiência contrasta com a grande procura de profissionais com algum conhecimento sobre a área. Em pouco tempo de mercado muitos já são abordados por recrutadores e não se consideram mais juniores.

Fica a reflexão:

Ausência de juniores em UX: excesso de autoconfiança ou exigência do mercado?

Leia a quarta parte do estudo: Atividades e ferramentas.

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Veja também a gravação da live sobre os resultados junto com a Observe.

O Panorama UX é uma realização de Carolina Leslie, com apoio de Izabela de Fátima do Movimento UX e de Ana Coli na edição e revisão.

Agradecimento ao apoio no site e material visual para Rodrigo Dovighi, Victor Carvalho, Lauro Sollero. Ilustrações baseadas no material de Ijeamaka Anyene.

Muito obrigada a todos os que participaram respondendo e ajudando na divulgação da pesquisa. E um agradecimento especial às marcas que usaram suas redes para aumentar o alcance do PanoramaUX:

The Bridge, Movimento UX, Observe e Mergo.

Logos de nossos apoiadores: The Bridge, Movimento UX, Observe e Mergo
O UX Collective doa US$1 para cada artigo publicado na nossa plataforma. Esta história contribuiu para o Bay Area Black Designers: uma comunidade de desenvolvimento profissional para pessoas Pretas que são designers digitais em San Francisco. Por serem designers de um grupo pouco representado, membros do BABD sabem o que significa ser “o único” em seus times de design e em suas empresas. Ao se juntarem em comunidade, membros compartilham inspiração, conexão, mentoria, desenvolvimento profissional, recursos, feedback, suporte, e resiliência. Silêncio contra o racismo sistêmico enraizado na sociedade não é uma opção. Construa a comunidade de design na qual você acredita.

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