UX Collective 🇧🇷

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PANORAMAUX

O mercado de UX em um ano pandêmico

Carolina Leslie
UX Collective 🇧🇷
4 min readApr 7, 2021

Imagem de abertura com o título do artigo e círculos abstratos (lembrando vagamente a imagem do coronavirus) desenhadas com computador em um fundo roxo.

O que mudou na rotina de trabalho em UX com a pandemia? Essa foi a pergunta que a sexta edição do Panorama UX buscou responder.

Em meio ao cenário apocalíptico de 2020, a pesquisa trouxe uma notícia quase inesperada: nosso mercado não foi afetado pela crise econômica, ao contrário, o Panorama mostra um cenário de pleno emprego e aumentos salariais.

A adaptação ao trabalho aconteceu sem grandes traumas para a maioria, mas as saudades do escritório são reais. Para a maior parte um modelo de trabalho híbrido, com dias presenciais e outros dias de trabalho remoto é o formato ideal para o mundo pós pandemia.

Um reflexo das mudanças aparece nas escolhas de ferramentas usadas: Figma, ferramenta intrinsecamente colaborativa e democrática quanto a sistemas operacionais, viu seu uso disparar, ganhando território antes ocupado pelo Sketch.

Nesta edição, pela primeira vez na história da pesquisa, participaram mais mulheres do que homens. Entretanto, a diferença salarial entre gêneros persiste.

Responderam a esta edição 1770 pessoas, um aumento de 46% em relação ao ano anterior.

Gráfico de barras desenhado à mão com a evolução do número de respostas por edição, de 233 em 2015 a 1770 em 2020

Os dados foram coletados entre os dias 13/11/2020 e 13/12/2020 em um formulário criado na ferramenta Survey Monkey. O tempo médio de resposta foi de 12 minutos.

O formulário foi divulgado em redes sociais, bases de e-mail com participantes de anos anteriores e em comunidades online ligadas à prática de design de experiência de uso e design digital no Brasil.

Índice

  1. Pandemia e o trabalho
  2. Perfil do profissional de UX
  3. Empresas e cargos
  4. Atividades e ferramentas
  5. Salários em UX no Brasil
  6. Pesquisa em design — parceria com o Movimento UX

Parte 1: Pandemia e o trabalho

A pandemia levou (quase) todo mundo para o Home office. Será este o formato ideal?

Animação mostra a mudança entre modelo de trabalho presencial e remoto durante a pandemia e a preferência por um modelo híbrido.

Como foi a adaptação da cultura e forma de trabalho?

A visão geral sobre os impactos do trabalho remoto é positiva:

Dois pontos positivos do trabalho em casa: a maioria considera ter mais autonomia e se sente mais produtivo nesse ambiente. Por outro lado, para 49%, a pandemia afetou sua capacidade de concentração.

A maioria considera seu espaço de trabalho em casa adequado. Separar a vida profissional da pessoal é um pouco mais desafiador, ainda assim 56% não consideram este um problema. Esta percepção não varia de forma significativa entre gêneros ou entre quem tem e quem não tem filhos.

Efeitos no mercado de trabalho

Diferentemente de muitos setores da economia, podemos nos considerar privilegiados: o mercado de UX não sofreu o grande impacto negativo da pandemia.

Entre os 1770 respondentes, 31 (menos de 2%) afirmaram não estar trabalhando no momento. E, entre quem está empregado, menos de 20% está com medo de perder seu emprego, mesmo estando em um momento de recessão.

A visão sobre empregos está ligada ao impacto econômico da pandemia nas empresas. Para 45% dos participantes ele foi positivo. E, surpreendentemente, outros 20% não têm visibilidade sobre essa informação.

Quem trabalha em agências e consultorias tem menos visibilidade sobre a situação financeira do empregador do quem está em empresas consolidadas ou startups.

As demissões em massa aconteceram — 10% dos participantes afirmaram que as empresas em que trabalham realizaram cortes de mais de 5 posições de uma única vez. Porém, muito mais respondentes, 33%, viram um efeito contrário: o aumento das contratações durante o período de pandemia.

Você teve Covid?

Até dezembro de 2020, 5% dos respondentes afirmaram ter tido Covid, com a confirmação de um exame. Outros 11% acreditam ter tido por apresentarem sintomas.

Um fato curioso foi a diferença na distribuição entre estados. No Rio de Janeiro 28% tiveram ou acreditam ter se contaminado com o coronavírus. Em Minas Gerais o número cai para 11%.

Leia a segunda parte do estudo: Perfil do profissional de UX.

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Veja também a gravação da live sobre os resultados junto com a Observe.

O Panorama UX é uma realização de Carolina Leslie, com apoio de Izabela de Fátima do Movimento UX e de Ana Coli na edição e revisão.

Agradecimento ao apoio no site e material visual para Rodrigo Dovighi, Victor Carvalho, Lauro Sollero. Ilustrações baseadas no material de Ijeamaka Anyene.

Muito obrigada a todos os que participaram respondendo e ajudando na divulgação da pesquisa. E um agradecimento especial às marcas que usaram suas redes para aumentar o alcance do PanoramaUX:

The Bridge, Movimento UX, Observe e Mergo.

Logos de nossos apoiadores: The Bridge, Movimento UX, Observe e Mergo
O UX Collective doa US$1 para cada artigo publicado na nossa plataforma. Esta história contribuiu para o Bay Area Black Designers: uma comunidade de desenvolvimento profissional para pessoas Pretas que são designers digitais em San Francisco. Por serem designers de um grupo pouco representado, membros do BABD sabem o que significa ser “o único” em seus times de design e em suas empresas. Ao se juntarem em comunidade, membros compartilham inspiração, conexão, mentoria, desenvolvimento profissional, recursos, feedback, suporte, e resiliência. Silêncio contra o racismo sistêmico enraizado na sociedade não é uma opção. Construa a comunidade de design na qual você acredita.

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