PANORAMAUX — PARTE 2
O mercado de UX em um ano pandêmico: Perfil do profissional de UX
Gênero, idade, raça, LGBTQ+, deficiência, filhos, formação e distribuição geográfica.

Índice
- Pandemia e o trabalho
- Perfil do profissional de UX
- Empresas e cargos
- Atividades e ferramentas
- Salários em UX no Brasil
- Pesquisa em design — parceria com o Movimento UX
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Parte 2: Perfil do profissional de UX
Há três edições o Panorama UX faz algumas perguntas que nos ajudam a entender a diversidade de perfis, vivências e formas de pensar de quem trabalha na área. Essas perguntas são, é claro, uma simplificação do conceito de diversidade. Ainda assim ajudam a nos conhecer como um grupo.
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Com qual gênero você se identifica?
Nesta edição, pela primeira vez no histórico da pesquisa, participaram mais mulheres do que homens — 51% das respondentes se identificam com o gênero feminino.
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Idade
Somos uma comunidade jovem: a maioria dos respondentes tem entre 24 e 29 anos.
A área tem atraído quem está entrando no mercado de trabalho, mas fica o questionamento sobre a evolução na carreira:
Será que quem cresce na carreira não se vê mais como “profissional de UX”?
Qual é o espaço dado no mercado a especialistas com muita experiência?
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LGBTQ+
Um em cada quatro participantes da pesquisa se considera LGBTQ+. Essa proporção é ainda maior entre mulheres:
- 29% delas se identificam como LGBTQ+ — quase 1 a cada 3.
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Raça
No quesito raça, a distribuição não tem diferenças em relação aos anos anteriores: a proporção de brancos trabalhando em UX é muito maior do que a distribuição desta raça na sociedade brasileira, tendência inversa ao que ocorre com quem se identifica como pardo.
Aqui vale um adendo:
As opções de raça apresentadas no questionário seguem o padrão usado no (saudoso*) censo brasileiro.
Entendo e concordo com as críticas ao uso do termo pardo, porém usando a mesma linguagem do censo consigo ter um elemento de comparação.
(*) O censo brasileiro está em risco. Em 2020, com a pandemia, o estudo foi adiado para 2021. Agora, com um corte do governo federal de 96% do orçamento, a pesquisa mais importante para conhecermos o Brasil corre o risco de não acontecer. A consequência são anos de políticas públicas realizadas às cegas devido à falta de dados básicos sobre a população.
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Deficiência
Ainda segundo o censo 2010, um quarto da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. Essa proporção é radicalmente diferente da encontrada entre a comunidade de UX, onde esse perfil representa apenas 5% dos respondentes.
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Filhos
A maioria dos respondentes, 82%, não tem filhos.
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Formação
Mais de 60% dos participantes tem formação superior em cursos ligados a Design e Desenho industrial. Publicidade e Marketing aparece em segundo lugar com 18%.
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Distribuição geográfica
Há uma grande concentração geográfica de respostas nas regiões sul e sudeste do Brasil:
- Mais da metade dos participantes (55%) mora no estado de São Paulo;
- 41% do total de respondentes mora na cidade de São Paulo.
Fica a curiosidade para o futuro:
Será que a ampliação do trabalho remoto terá como consequência uma maior distribuição geográfica na profissão?
Leia a terceira parte do estudo: Empresas e cargos.
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O Panorama UX é uma realização de Carolina Leslie, com apoio de Izabela de Fátima do Movimento UX e de Ana Coli na edição e revisão.
Agradecimento ao apoio no site e material visual para Rodrigo Dovighi, Victor Carvalho, Lauro Sollero. Ilustrações baseadas no material de Ijeamaka Anyene.
Muito obrigada a todos os que participaram respondendo e ajudando na divulgação da pesquisa. E um agradecimento especial às marcas que usaram suas redes para aumentar o alcance do PanoramaUX:

